Terreiro do Paço

sexta-feira, 12 de outubro de 2012

O dentista morreu. Coitado!

O dentista morreu. Coitado! Pôs-se em cima de um banquinho, não sei, não vi, não estava lá, mas vamos imaginar que foi assim, colocou a camisola de gola alta, subiu para o banquinho um salto para o lado e voilá, já está, todo esticadinho a perninha a dar a dar, deve ter ejaculado, pelo menos é o que me dizem de quem se enforca, e hoje de manhã o André perguntou-me “sabes quem morreu?” “não, quem foi?” “o dr. Saraiva, foi lá que puseste a cremalheira, não foi?” “foi”.
Isto podia ser uma grande tristeza, choros, ladaínhas, carpideiras mas não, não quero que seja assim portanto não vai ser assim, vai ser como eu queira que seja, “o dentista morreu. Coitado!” morreu, mas morreu porque quis, matou-se, enforcou-se, vestiu a camisola de gola alta, esticou o pernil, tudo palavras e frases diferentes que nos encaminham para um mesmo happy end, o “dentista morreu. Coitado!” Quando o André me disse isso lembrei-me que ainda há relativamente pouco tempo tinha estado a falar com ele a respeito das próteses que as queria substituir e tal, as actuais  já estão um bocado afanadas, e ele disse que sim e até podia fazer o pagamento faseado o que apesar de mau, fico com menos dinheiro por mês, era menos mau porque não tenho que o dispender todo de uma vez, mas pronto o “dentista morreu, coitado!”, e já não o vou poder fazer, cremalheira marada está cremalheira marada fica, mas seria desonesto se não vos dissesse o que pensei quando soube que “o dentista morreu, coitado!” e o que pensei foi: “se já tivesse substituído as placas ficava com elas quase de borla o gajo morreu” e agora digam-me lá se isto são pensamentos que se tenham quando se fala da morte de alguém? Óbvio que não mas tudo isto é resultado da minha mente distorcida, uma mente de há muito lisergicada ou talvez do que escrevi no inicio o não querer transformar isto numa elegia, antes dar-lhe um ar de vestidinho de verão com mojitos e caipirinhas à mistura, um sambinha de uma “nota só” como música de fundo que sempre é mais alegre e mexida que a marcha fúnebre e para fúnebres já nos bastam os gaspares e coelhos desta terra mas quem deve estar com um ar bestialmente fúnebre é a viúva, ela de negro vestida se for uma mulher à antiga até a imagino de mantilha negra sobre a cabeça “ai Saraiva Saraiva porque fizeste isso” a malta à volta com um ar condoído “os meus pêsames” e ela inconsolável a esgotat o stock de Kleenex, há sempre alguém mais aconchegante que lhe põe a mão no ombro “vá lá Dolores a vida continua”, eu não sei se se chama Dolores mas como Dolores deve vir do latim e significar dor achei por bem dar-lhe este nome, e ela fungando “ai Saraiva Saraiva” e agora para se tornar mais aliciante e dar uma volta nisto o Saraiva levantava-se do caixão “foda-se que nem depois de morto me deixas em paz ele é manicure, cabeleireiro, roupas de griffe sapatos Laboutain, deixa-me morrer descansado”, a malta toda a pirar-se da capela “ai um zombie ai um zombie” e chegados à rua esperava-os um enxame de abelhas que os obrigava a retroceder todos borradinhos de medo a exitar entre as ferroadas ou o voltar para junto de um zombie mas isto era só para dar uma volta à história porque na realidade o Saraiva continua mortinho da silva, todo estiradinho no caixão sem dizer ai nem ui com aquele ar seráfico que só os mortos conseguem ter, inerte e imaculado como quando usava a bata de dentista e de seringa na mão “ora vamos lá então arrancar esse dente”, bem quando foi comigo o meduncho era tanto que enquanto se aproximava de seringa em riste eu ia subindo subindo pela cadeira até estar quase de pé “veja lá se calhar é melhor vir cá outro dia” “não, continue já que vim vamos a isto” e ele na altura foi, agora foi-se.
Pois é “o dentista morreu.Coitado!”, hoje o consultório deve estar fechado, nas janelas aqueles papéis com uma cruz negra que informam que no dia tantos do tal o sr. Fulano entregou a alma ao criador e foi desta para melhor, realizando-se o funeral no cemitério de Arronches de Cima ou de Baixo consoante a idade das pessoas, podendo mesmo aproveitar o local para falecerem também evitando assim incómodos e deslocações desnecessárias à família e amigos, mas isto seria num mundo ideal em que tivéssemos em conta o próximo e os incómodos que lhes pudéssemos causar, se os indivíduos com mais de 45 anos aproveitassem os funerais alheios para morrerem também, este país que se chama Portugal teria uma melhor qualidade de vida para os restantes já que o dinheiro que o estado poupava em reformas e aposentações daria bem para pagarmos menos impostos e até para evitar perguntas incómodas do anibal Alzheimer de Boliqueime “mas o que é preciso fazer para que em Portugal nasçam mais crianças?”, se ele não sabe posso explicar-lhe, bem mas para terminar e já que o “dentista morreu. Coitado!” mas também para que não me acusem de incoerente com o que acima deixo escrito aviso já que morra quem morrer a partir de hoje eu “Nandinho o homem bomba” aproveito para esclarecer desde já os futuros defuntos que morra quem morrer a mim é que não me apanham lá.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

Da viagem ao vitinho

Por norma apanho o autocarro das 7H20 mas hoje não, hoje por um qualquer acaso atrasei-me e apanhei o das 7H30, bem não foi um mero acaso eu sabia que o tempo estava a queimar mas decidi comprar a Visão logo naquele momento mesmo sabendo que corria o risco de perder o autocarro, no cimo da rua onde moro existe um quiosque de jornais e revistas e mesmo junto o café de um brasileiro que tem uma bica porreira, espumosa mesmo com sabor a café e ainda por cima custa apenas 50 cêntimos, óbvio que o apenas aqui é relativo já que os cinquenta cêntimos correspondem grosso modu aos saudosos cem paus que davam para tomar na pior das hipóteses 6 bicas e se agora alguém me perguntar porque é que comecei a falar de bicas e de escudos a minha resposta é “não sei” mas acontece que escrevo como falo as palavras vão desfiando em correntes e quando dou por mim posso ter começado por falar de limões e acabar a falar do rei da Prussia mesmo sem sequer saber se a Prussia tem rei rei ou é algum país mas pronto foi o que me veio à cabeça.
Bem, vinha a sair do café já com a Visão e o estomago quentinho pelo café do brasileiro quando vejo o autocarro a dar a curva “foda-se perdiu-o”, fui até à paragem enrolei um cigarro fumei-o e mesmo quando tinha acabado de fumar apareceu o das 7H30 fiz-lhe sinal, aquele estender de braço como quem diz “aguenta aí” ele parou eu entrei e surpresa das surpresas, vinha cheio, cheio como um ovo de codorniz ou um bago de uva, o 7H20 vem sempre vazio dá sempre para escolher lugar, mas hoje “tá quieto oh mau” tive que ficar logo ali à porta, apertadinho, espremidinho, entaladinho, tudo em inho como fudidinho, nem sequer conseguia abrir a mochila para ler a revista o que vale é quando chegou ao Alto de Campolide saíu montes de gente e embora continuando de pé pelo menos inho já não ia, na paragem seguinte aquela que serve o liceu Maria Amália, três miúdas que iam nos primeiros bancos pediiram ao condutor se podiam sair pela frente “não, teem que sair por trás” “vá saiam lá pela frente mas isto é só porque são bonitas” e piscou-me o olho, ainda pensei que fosse algum tarado mas comecei a falar com ele e afinal até era um tipo simpático que apenas tinha estado a brincar com as miúdas, “isto se um gajo não se ri um bocado tá lixado”, falámos das modificações da rotunda do Marquês “isto no primeiro dia foi uma desgraça mas agora tá bom”, cheguei à ultima paragem, desci, dirigi-me ao metro “foda-se portas fechadas a greve” fiquei lixado não com o pessoal do metro que exerce o seu legitimo direito à greve mas comigo que sabia da greve mas tinha esquecido, dirigi-me para a Fontes Pereira de Melo onde param os autocarros para o Campo Grande e que vão para o Senhor Roubado ou para Odivelas, olhei para o marcador electrónico faltava 1 minuto para o Senhor Roubado 5 minutos para Odivelas, o primeiro parou antes da paragem para descerem pessoas e arrancou sem levar ninguém, ia cheio, lá enrolei mais um cigarro e esperei pelo próximo, fumei, esperei, chegou o autocarro que desta vez parou na paragem, vinha cheio também mas o condutor lá abriu a porta e com esforço lá consegui entrar, fiquei ali entaladinho contra a porta “ali no Saldanha sai muita gente”, disse alguém, chegámos ao Saldanha e sair alguém “tá quieto”, as conversas eram muitas e de tantas eu que sou um cusco do caraças e ando sempre à espera de apanhar uma palavra, uma frase que dê azo a escrever um textinho nem uma consegui, as conversas faziam-me lembrar os automóveis nos sucateiros depois de passarem pela prensa que os comprime, eram assim as conversas um enorme conjunto de palavras prensadas das quais não consegui identificar nem uma e foi assim que fiquei sem tema para escrever sobre alguma coisa,  estou para aqui a deixar cair palavras quase ao acaso porque quero escrever mas escrever o quê? Ou sobre o quê? Isto quando um gajo não tem imaginação e se quer armar em literato é o que dá, escreve escreve e não diz nada, tá bem, se por ventura alguém ler isto já deve estar a pensar lá está este armado em Gato Fedorento “eles falam falam mas não dizem nada” e pronto lá divergi de novo mas também já vos tinha avisado que sou assim por isso não se queixem que vou já voltar ao tema, pois é ali ia eu todo inho no autocarro, já não conseguia apanhar a das 8H00 para Loures estava a contar apanhar a das 8h10 e o tempo dava, cheguei ao Campo Grande eram 8H07 “cum caraças granda bicha”, achei estranho mas tudo bem, era dia de greve no metro.
Lá me cheguei à bicha, saquei a revista da mochila e comecei a ler, logo na capa uma alegria “Descubra as Diferenças” (receitas para sair da crise) e é porreiro constatar que no estrangeiro a receita é penalizar os que mais teem e em Portugal, esta merda deste rectângulo à beira mar plantado, as esforços recaiem sempre sobre os mesmos os desgraçados que não fazem transações bolsa nem conseguem fugir ao fisco nem teem grandes fortunas em off shores, a classe média que já não existe o desgraçado que trabalha por conta de outrem, seja esse outrem privado ou publico, Portugal tornou-se uma coisa, recuso-me dizer país ou estado, em que os assaltos já não se fazem pela calada da noite ou no caso de ser de dia de cara tapada, agora os roubos são feitos em frente a câmaras de televisão onde um filho da puta de voz monocórdica legitima o roubo com gráficos e modelos esquecendo porem de dizer que nos livros de economia quando se fala de modelos em nota de rodapé vem “se tudo o resto se mantiver” e nós sabemos que “tudo o resto se alterou”, o desemprego, a queda das receitas, a recessão, a diminuição do PIB, porra lá me desviei outra vez da minha viagem pelos diversos transportes publicos até chegar ao meu local de trabalho mas pronto para que estes desvios se não mantenham porventura é melhor ficar já por aqui mas antes de terminar queria dizer-vos que também havia greve da Rodoviária e deixar aqui um pedido áquele tipo que ontem falou falou na televisão a dizer entre coisas que ia “haver um enorme aumento de impostos”  e o pedido é: “ó vitinho quando me estiveres a meter a mão no bolso, seja ele esquerdo ou direito, ri-te pá é que gosto que quando estou a ser sodomizado os filhos da puta se riam”

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

O Contrato de Management

Estou indignado porra, estou mesmo indignado e desta vez não tem nada a ver com o tretas ou com o vitinho porque esses quando aparecem já sei desaperto o cinto, desaperto o cinto é como quem diz que aquilo tem tantos buracos que mais parece uma rua em ano que não haja eleições, baixo as calças, descontraio as nádegas que é para não doer muito e depois pronto eles que se sirvam à vontade que é para isso cá estamos, mas desta vez é que estou mesmo indignado então não é que um cabrão de quem eu me prezo de ser amigo e julgava que me retribuía essa condição se chegou ao pé de mim com uma gaspariana proposta? E talvez tenha sido por isso que estava naquele estado de nervos que quase me levava a amarinhar paredes armado em homem aranha mas eu conto-vos já.
Estava eu muito bem sentadinho na tasca do Moinas a beber o meu meu mata bicho quando apareceu o “Velho” com a samarra sebosa, barbas e cabelos brancos, cigarrilha no canto da bomba, boina basca, tem a mania que é anarquista o cabrão, óculos de aros redondos, calças amarrotadas e  amarradas com uma corda, sapatos que já tinham visto melhores dias e “posso sentar-me?” “ãh?”, achei aquilo estranho porque o gajo não é nada tipo de cerimónias e para mais a nossa amizade, julgava eu, de mais de trinta anos dispensava este tipo de protocolos delicadezes, “podes claro que podes sabes bem disso” “pá um bocadinmho de educação não fica mal a ninguém” “deixa-te de merdas então é agora quase nos setenta que te tornas um delicadinho?” o velho deu mais duas baforadas na cigarrilha “cof” ”cof” “cof”, “olha rebuçados doutor Bayard” “foda-se bem sabes quisto é catarro” “catarro catarrão põe mas é aqui a mão” “vai pó caralho qué que tás a beber?” “branco velho “Velho”, “oh Moinas trás aí mais um branco velho pró Nandinho e um tinto cá pró “Velho”” “tá já a saír”, o “Velho” recostou-se no banco “ah que rica vida” “dizes tu”, chegaram os copos o “Velho” agarrou no copo levantou-o “vamos fazer um brinde” “um brinde a quê?” “à nossa sociedade, vou ser teu manager” “manager? “mas manager de quê?” “bebe ca gente já fala” como o “Velho” estava sempre com ideias malucas caguei, já sabia, pensava eu, que com mais uns tintos e uns brancos velhos daqui a pouco se estivéssemos a falar de alguma coisa que não fosse gatinhar pelo chão era de putas, o Moinas fartou-se de ir e vir do balcão à nossa mesa com o pano de limpar os copos presos no cinto trazendo e levando copos, eu já estava com uma narça do caraças mas o cabrão do “Velho” parecia que naquele dia por mais que bebesse não se entornava e às duas por três do bolso da samarra tirou uma folha de papel pardo cheia de nódoas de chouriço ou banha, sei lá, e disse “tá aqui o contrato” “contrato? contrato mas contrato de quê?” “para eu ser teu manager” “ó méne vai mas é pró caralho vens práqui agora gozar comigo e para mais manages só à trois” “não sejas parvo lê e logo me dizes”, agarrei na folha com um certo nojo, tinha tomado banho nesse dia, fechei um olho para conseguir ler e em cima como titulo “CONTRATO DE MANAGEMENT” “qué isto pá?” “cala-te e lê”, caguei e li, o “Velho” arrotou, “queres assim ou com mais molho” e riu, riu que nem um perdido continuei com o olho fechado a olhar para a sebosa da folha e aquela merda só tinha dois parágrafos, “tá bem é curto posso dar-me ao trabalho de ler”
Parágrafo 1 – o 1º outorgante “Nandinho o homem bomba” compromete-se perante o 2º outorgante o “Velho” a escrever diariamente um textinho do qual o “Velho fará o uso que bem lhe aprouver.
Parágrafo 2 – o 2º outorgante o “Velho” compromete-se perante o primeiro outorgante “Nandinho o homem bomba” a fornecer-lhe toda a quantidade de vinho necessária à sua actividade não tendo para com ele mais nenhuma obrigação.
“pá tu tás bêbado?” “ainda não” “é que se não estás parece” “parece porquê? não estás satisfeito? não é bom pra ti?” “não é isso pá na parte do vinho tá bom mas eu é que não sei escrever se vires bem aquelas merdas são só sodukus de palavras” “foda-se só pensas nisso” “em quê” “em foder” “em foder? mas porquê?” “então ainda há bocado era manage à trois e agora falas-me em cu” “pá tás mesmo bêbado ou então és burro” “ai sou burro? então táqui um gajo a tentar resolver o teu problema de alcoolismo e ainda me chamas burro” “não te quis ofender” “não ofendes mas chateia até porque tenho muita consideração pelos burros e tanto que tenho que vou sempre votar” “de grande merda isso te serve” “sempre dou de comer a uma data de gajos que não sabem fazer nada e combato o desemprego” “aí tens razão” levantei-me e com o impeto fiz cair o banco, o Moinas gritou logo de trás do balcão “se estão bêbados vão curtir a bebedeira pra outro sitio”. Eu e o “Velho” saímos e ficámos na porta da tasca a falar do contrato, eu renitente, até porque era uma grande transformação na minha vida podia beber daquilo que escrevia, e o “Velho” teimoso a insistir que assinasse não sei com que objectivo, não vislumbrava lucro nenhum que ele pudesse tirar verdade seja escrita que sempre tinha sido altruísta mas ao ponto de malimentar a vinho? cheirava-me a altruísmo a mais era o mesmo que alimentar um burro a pão de ló, caminhámos até ao cimo da rua onde ele tinha estacionado a pick-up, pôs a mão no bolso, sacou a chave, abriu a porta, deu-me um abraço “pensa nisso” “fica descansado” e lá arrancou rodando ate à Roda.
Desci a rua, entrei em casa e deitei-me nos lençóis sujos, liguei a televisão  no opinião pública estavam pessoas que telefonavam para lá a queixar-se da comissão liquidatária, um politólogo afecto à corja por entre sorrisos lá desexplicava que os sacríficos eram “a bem da nação”, caguei e desliguei, pus-me novamente a ler a folha de papel pardo ou “CONTRATO DE MANAGEMENT”, sempre tinha vinho à borla e já estou velho para grandes exigências, o Lótus entrou no quarto a brincar com um novelo de cordel e aí o quarto todo se iluminou como se de um milagre da senhora de Fátima se tratasse, descobri tudo, o cabrão do “Velho” como velho que éramos queria voltar à infância, queria fazer renascer uma industria outrora próspera e que a voragem dos tempos havia feito desaparecer, tive que me render à evidência e aí nem exitei assinei logo e nem foi pelo vinho foi mesmo por querer, um querer de desejo feito, o cabrão do “velho” era um visionário queria fazer renascer a industria da literatura de cordel e até pode ser que com esta industria renascida o anibal de Boliqueime se lembre de dizer ao tretas que aquilo que ele tinha feito uns anos atrás no tempo das vacas gordas em que a troco de dinheiro mandou acabar com pescas industria e agricultura tinha sido asneira e que a ele tretas lhe cabia o papel de as fazer renascer, embora lhe faltasse inteligência para isso, podia ser que assim Portugal se visse livre da crise em que o tinham metido, o “Velho” era um génio de facto com um rolo de cordel e algumas folhas com palavras sudokizadas queria apontar caminhos, queria que o anibal reconhecesse que errou, queria que o anibal deixasse de ser o canibal que nunca tem duvidas e raramente se engana, ah “Velho” “Velho” o que aprendo contigo e dia 27 levo-te o contrato já assinado.