O Boby é um rafeiro que conheço há muito muito tempo, fizemos um interregno nas nossas faladuras durante alguns anos em que andou com o , não sei se é amigo se dono, Velho a dar voltas pelo mundo com raptos à mistura mas de há algum tempo para cá que nos reencontrámos e temos trocado falas e latidos quer seja por telefone quer seja via net, sim porque o Boby é um rafeiro todo modernaço que obrigou o Velho a ensinar-lhe estas novas formas de comunicação mas para além disto o sacana do rafeiro tem outra característica, sabe ler e é exactamente por saber ler que hoje vos venho aqui falar dele, ah estava a esquecer-me o Boby é portador de um nome sonante “de la Fontaine”, podia ser Boby Esopo mas não como tem a mania que é aristocrata insiste em ser de la Fontaine, é que o gajo costuma ler uns textinhos que por vezes planto no jardim do facebook onde ele vai com o Velho dar umas mijinhas e aproveita para dar umas vistas de olhos nos referidos textinhos, bem nesta altura quase de certeza que se interrogam mas porque é que este gajo vem para aqui falar do Boby que não conheço de lado nenhum em vez de estar a falar de coisas interessantes como o gasparzinho, o tretas ou mesmo o génio dos pastéis de Belem? Pois bem conto-vos já de seguida o Boby ontem leu um textinho meu em que dizia que estava farto deste país da treta que não é para novos nem para velhos e o cabrão teve o desplante de dizer que gostava mais dos meus escritos pornográfikus, assim mesmo pornográfikus, o que me deixa um bocado confuso já que em tempos me confessou latindo-me baixinho ao ouvido que as partes moles do gajo já não se endireitavam nem mesmo à vista de uma bela lulu da Pomerânea e perante isto só posso concluir que o gajo sofre de priamismo das orelhas ou dos olhos senão para que quereria ele textos pornográficos ou pornográfikus?
Bem como assim de repente não me vem nada à memória vou-lhe contar uma historinha de encantar, e é assim:
Num reino distante havia um rei que há muito desesperava por ter uma filha, dizia-se que a mulher, a rainha, era estéril ou histérica não sei bem como se diz e um dia o rei farto de brincar ao mete e tira com a rainha sem que daí adviesse princeso ou princesa decidiu convocar os magos magas da corte para encontrar uma solução para o problema, ao fim de três dias de convénio e sem que se tivesse chegado a conclusão nenhuma o pajem, nestas histórias há sempre um pajem, chegou-se ao ouvido do rei e disse-lhe “sua majestade já vimos que estes gajos e estas gajas são todos uns charlatães do camandro mas eu conheço uma camponesa muito jeitosa que ainda é virgem sua majestade podia ir quecando com ela e algum dia a tipa há-de engravidar” “não tá nada mal pensado nan senhor mas depois como é que vou apresentar a minha descendente ao povo se eles não viram nunca a rainha grávida?” “não se preocupe sua senhoria que sou intimo do Spilberg e o gajo arranja prái uns efeitos especiais quinté dá a impressão que a rainha tá grávida” “está bem trata lá disso que se resultar os maravedis que gasto em putas são todos para ti” e assim foi o pajem telefonou ao Spilberg e à camponesa que embora a contragosto, o Spilberg, lá se dispuseram a alinhar na maravilhosa técnica do engravidanço da rainha com quecas na camponesa, se fosse hoje dir-se-ia que a camponesa era uma barriga de aluguer mas naqueles tempos não, era apenas uma concubina do rei embora por uma nobre causa.
O rei tomou banho vestiu uma daquelas paneleirices de rei, foi para a cama de dossel e esperou que lhe trouxessem a camponesa a quem estavam a dar banho, perfumar e despiolhar que quem vai para a cama com o rei tem que ir minimamente apresentável, neste entretanto o rei ia fazendo umas festas no marzápio para o tornar rijo e duro que naqueles tempos ainda não tinham inventado nem o Viagra nem o Cialis e rei que se preze tem que estar sempre pronto a desembainhar a espada, estava o rei nestes preparos quando lhe trouxeram a donzela, bem a gaja era linda era assim que a modos de uma Jennifer Anniston com as mamas da Courtney Cox, os olhos do rei arregalaram-se, parou de esfregar o malho e zuca que se faz tarde amandou-se logo à camponesa, ela ainda lhe implorou para não ser bruto “ai quisto dói tanto” mas o rei não estava cá para suplicas foi pela frente por trás nas mamas na boca o gajo estava mesmo perdidinho e este banquete foi-se repetindo diariamente enquanto a rainha estéril ia dando umas com o regente mor da corte até que um dia a camponesa que nesta altura já tinha porte de princesa disse ao rei “saiba vossa majestade que temos que parar com a brincadeira que já estou grávida” o rei esfusiante mandou anunciar por todo o reino que a rainha estava de esperanças, o Spilberg desabafou “até que enfim que tenho alguma coisa para fazer” e lá se encarregou de diariamente ir acrescentando uns milímetros à barriga da rainha que mesmo assim não parava de dar umas voltinhas com o regente.
Demos um salto no tempo e façamos de conta que passaram nove meses, nasceu uma linda menina loura de olhos azuis, o rei estava exultante com o acontecimento e decretou três dias de festa rija por todo o reino da Fantasilandia, com comida e bebida à fartasana animada com musica dos Rolling Stones e Quim Barreiros, convidou toda a nobreza universal, reis, rainhas, pincesos, princesas e todos compareceram à excepção do Gaspar o que muito aborreceu o rei que chamou à sua presença o Belchior e o Baltazar para saber o porquê da ausência “saiba vossa majestade que ele ficou na Tugolândia a fazer modelos para saber como é que há-de sacar mais algum aos tugas”, o rei aceitou a explicação como boa e deu continuidade à festa, o reino estava todo iluminado como a feira popular antes de ser “comprada” pela bragaparques, eram vacas porcos e cabritos em gigantescos espetos, malta deitada debaixo dos tonéis a emborcar como se não houvesse amanhã, era a folia e a loucura total, a camponesa foi nomeada marquesa das barrigas de freira e o pajem promovido a administrador de uma PPP, o Spilberg condecorado com a ordem dos faz de conta. Depois de passados estes três dias o povo recolheu a suas casas para curar a ressaca, o rei começou a planear o baptizado, comprou um cinto de castidade para a filha que só seria tirado quando ela atingisse a maioridade e o tempo passou com toda a gente feliz menos a pobre da princesa que sempre que necessitava de uma mijinha tinha que pedir ao “Constatino Guardador de Vacas e de Sonhos” que lhe emprestasse a chave e assim tudo foi correndo até que um dia, pelos anos ofereceram uma pastilha elástica Gorila à princesa, esta que era apaixonada por filmes de espionagem aproveitou a pastilha para com ela fazer um molde da chave, com o molde na mão dirigiu-se ao ferreiro onde lhe pediu para este fazer uma cópia das chaves da casa das bonecas, disse ela, o ferreiro disse que sim mas custava que lhe custava três maravedis, ora todos sabemos que a malta da nobreza não anda com dinheiro na carteira a princesa ficou aflita e perguntou se não podia pagar de outra forma, “a menina gosta de gelados?” “gosto gosto” “pois olhe eu aqui no meio das pernas tenho uma coisa que se chupa comó os gelados se a menina quiser chupa-mo e eu faço-lhe a chave de borla”, a princesa como era louca por gelados nem exitou disse logo que sim mas o serralheiro que era homem de muitas vidas disse-lhe logo “olhe menina quando sair o creme não deixe que escorra nada para o vestido, engula que foi assim que o Clinton se lixou” “tá bem tá bem” a princesa lá chupou o gelado do serralheiro, este fez-lhe a chave e a menina estava tão contente que quando saiu da loja do ferreiro só cantava a canção dos 1111 “andam falos pelos bosques”, entretanto o tempo foi passando e um dia apareceu no palácio uma bruxa má que iludindo a vigilancia da cia mossad e mi6 conseguiu chegar à fala com a princesa “ai que menina tão bonita e saiba que vim de longe mesmo ali de pé de buarcos para lhe dar esta linda maçã e se a menina gostar podemos fazer um franchising”, a princesa como era boa pessoa deu logo uma trinca na maçã e então oh deuses de todos os céus caíu redonda no chão como se ativesse sido atingida por um raio do capitão marvel, “ah ah ah agora só acordas se fores beijada por um principe” e a cantar e a bailar a bruxa montou na sua vassoura ultimo modelo com jantes de alumínio e partiu em direcção ao Sol poente.
O rei quando teve conhecimento do nefasto acontecimento rodeou-se de todos os magos e alquimistas da corte na busca de uma solução, todos se debruçaram sobre a princesa adormecida, experimentaram mezinhas e feitiços, nada resultava a princesa estava mesmo em estado de letargia total, o veneno era muito poderoso e só a bruxa má ou um principe que a beijasse a poderiam fazer voltar à vida.
O rei desolado mandou construir uma cabana na floresta onde seria guardada por guardas do vaticano com ordens solenes para só deixarem entrar algum principe que se tivesse perdido ou a bruxa rigorosamente vigiada, e assim foi, construíram-lhe uma cabana e no meio da cabana uma cama atapetada de flores vindas directamente da Madeira e da Holanda, o jardim ainda se mascarou de principe para dar ar às peles mas os guardas toparam-lhe logo o esquema e o pobre lá teve que apanhar um voo da Ryanair para a Madeira. O tempo foi passando até que um belo dia montando um lindo cavalo branco apareceu um formoso principe ricamente vestido com as mais belas sedas e veludos, o cabelo refulgindo por baixo da toca, a espada suavemente embainhada e cravejada de diamantes, uma capa de brocado vermelho enfim um principe mesmo à maneira, o principe aproximou-se da cabana e com a sua melíflua voz de principe perguntou “o que se passa aqui” “quem és tu?” perguntaram os guardas “sou o principe do reino da pinocada mas podem tratar-me por principe pinocante” “saiba vossa alteza principe pinocante que lá dentro está uma bela princesa que foi enfeitiçada e só acorda com o beijo de um principe” “ora bem eu sou principe posso tentar mas que ganho eu com isso?” “saiba vossa alteza principe pinocante que o rei concede a mão da princesa a quem a fizer despertar” “só a mão? Farto de pivias estou eu” “a mão é uma forma de dizer, oferece-a em casamento e quem a desposar por morte do rei torna-se rei” “ah assim já vale a pena deixo de ser o principe pinocante errante e passo a ser o rei pinocante com cama mesa e roupa lavada, vamos lá então tratar do assunto mas exijo privacidade” “esteja sua senhoria à vontade”, o principe desmontou, abanou os cabelos como no anuncio da Sunsilk e entrou “porra que a gaja é linda e boa”, aproximou-se da cama de flores, afastou-lhe os cabelos de oiro, debruçou-se para a beijar e “ai caraças que tenho herpes labial, como é que vou resolver isto?”, deu umas voltas à cama e uma brilhante ideia ribombou-lhe na cabeça “a cenoura, a cenoura”, colocou a mão no bolso dos calções de cetim e sacou do bolso uma bela cenoura das hortas de Loures, aproximou-a dos lábios da princesa, deslizou-a suavemente e nada até que de repente a princesa abre os olhos sente o fálico material na boca, agarra-o com as duas mãos e toca de chupar, lamber, esfregá-lo na cara e “porra então este sorvete não tem creme?” “oh minha bela não te preocupes que pedi privacidade aos guardas e eu dou-te o que tenho aqui entre as pernas” “prometes?” “prometo e meto” e assim foi o principe baixou os calções a princesa lambuzou-se no malho e depois de engolido o cremezinho todo voltou-se para o principe “oh principe apetece-me algo mais” o principe que como já sabemos era pinocante não foi de modas, deitou-a de bruços na cama levantou-lhe as saias e “ oh foda-se tens cuecas de lata” “não te rales que tenho aqui a chave” o principe abriu a fechadura o cinto de castidade caiu com estrondo no chão “brum” e aqui me sirvo, foi canzana, missionário, posições que não sei o nome até que exaustos se deitaram na cama, os guardas estranhando a demora bateram na cortina de pano “então ela acordou?” “acordou mas agora deixem-nos descançar”, os guardas baixaram as armas, sentaram-se cá fora, partilharam um charro “foda-se inda bem ca gaja acordou já estava farto de estar aqui” “também eu e tenho saudades daqueles cuzinhos do Vaticano” “nem me fales nisso que ainda esgalho uma”, passados um bom bocado a princesa e o principe pinocante saíram de mãos dadas e deram ordens aos guardas para irem para o palácio, o principe e a princesa montaram nos cavalos os guardas nos burros e lá foram. Quando chegaram ao palácio o rei esperava-os com a banda da Carris em grande fanfarra, o povo em alarido e logo ali se celebrou o enlace presidido pelo cardeal patriarca D. Fuas da Pouca Roupa, o povo estava em festa, o rei estava em festa, a princesa deflorada estava em festa, o principe emborcava e tentava comer as aias que aiavam à frente dele e o tempo foi decorrendo devagar até aos dias de hoje e hoje quem passar por Fantasilândia só ouve na voz do vento que sopra do castelo o murmurio lamentoso do principe “cabrão do velho que nunca mai